Um tipo qualquer que se diz professor universitário e encontrei algures no Facebook, aquele site em que todos os tipos quaisquer podem dizer qualquer coisa sobre quem são e o que fazem, tem uma versão engraçada sobre a anexação da Crimeia.
A versão reza mais ou menos assim: a Crimeia realizou um referendo sobre a autodeterminação, no qual decidiu integrar-se na Rússia, que posteriormente teria intervindo militarmente, imagina-se que para evitar que os ucranianos esmagassem a pobre população. Diz ele que a Ucrânia, claro, se opôs à anexação.
OK, já leram o delírio, eis agora a verdade:
A invasão da Crimeia deu-se a 20 de fevereiro de 2014. As operações militares prolongaram-se até 26 de março, mais de um mês depois.
O "referendo" teve lugar a 16 de março. Repito: a dezasseis de março. Não só foi depois da invasão, foi enquanto a invasão ainda decorria.
Quem faz um referendo durante uma invasão militar não está a fazer um referendo, está a perpetrar uma fraude. Como é evidente, os resultados desta fraude não foram reconhecidos por ninguém. Não só pela Ucrânia, mas por qualquer instituição minimamente séria, como a ONU, que continua a falar sempre que pode no restabelecimento da soberania da Ucrânia "nas suas fronteiras internacionalmente aceites".
Nada disto interessa a gente que tem a mentira como modo de vida, evidentemente. Para esses, foi referendo primeiro, a 16 de março de 2014, e invasão... perdão... operação militar depois, a 20 de fevereiro de 2014. Porque toda a gente sabe que 16 de março é antes de 20 de fevereiro.
"Professores universitários".
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