Um tipo qualquer que se diz professor universitário e encontrei algures no Facebook, aquele site em que todos os tipos quaisquer podem dizer qualquer coisa sobre quem são e o que fazem, tem uma versão engraçada sobre a anexação da Crimeia. A versão reza mais ou menos assim: a Crimeia realizou um referendo sobre a autodeterminação, no qual decidiu integrar-se na Rússia, que posteriormente teria intervindo militarmente, imagina-se que para evitar que os ucranianos esmagassem a pobre população. Diz ele que a Ucrânia, claro, se opôs à anexação. OK, já leram o delírio, eis agora a verdade: A invasão da Crimeia deu-se a 20 de fevereiro de 2014. As operações militares prolongaram-se até 26 de março, mais de um mês depois. O "referendo" teve lugar a 16 de março. Repito: a dezasseis de março . Não só foi depois da invasão, foi enquanto a invasão ainda decorria . Quem faz um referendo durante uma invasão militar não está a fazer um referendo, está a perpetrar uma fraude. Como é eviden
Esta tuitei, se bem me lembro. E também a pus no Facebook. Mas como twitter e facebook são perfeitas porcarias no que toca a reencontrar o que lá é publicado, ficando as coisas encerradas atrás dos muros dos jardins privativos de cada um, resolvi republicá-la aqui. O texto foi escrito e publicado a 27 de fevereiro. Relendo-o hoje, descubro que voltaria a escrevê-lo com pouquíssimas alterações. Aqui fica, sem alteração alguma: A NATO, em vez de crescer, devia desaparecer, pura e simplesmente. Já devia ter desaparecido há muito tempo, na verdade. Um dia será. Adolf Putin conseguiu fazer com que esse dia venha muito mais tarde do que poderia vir, mas um dia virá. Porque a NATO é uma organização imperialista por natureza, que só faz o mínimo sentido enquanto existirem os imperialismos nela integrados e outros imperialismos que a combatem. Não tem, nem nunca teve, nada a ver com democracia. Portugal aderiu à NATO durante a ditadura salazarista, a Grécia aderiu à NATO durante um período de